18/07/2010

O FIM DO MEU VÍCIO

"O fim do meu vício" é o nome do livro escrito pelo Dr. Oliver Ameisen, Cardiologista Francês. O livro conta a história do médico que trabalhava em um dos mais respeitados hospitais universitários dos Estados Unidos, atendia pacientes famosos em seu consultório em Manhattan e tinha uma bela namorada. Ninguém imaginava que era alcoólico. Mas quando Oliver perdeu o controle sobre a bebida, perdeu também o controle de sua vida. Entre as internações em centros de desintoxicação, as reuniões dos Alcoólicos Anônimos e as inevitáveis fases da bebedeira, Oliver travava uma batalha diária contra o preconceito, o medo e o desejo de beber. Mas nunca abandonou a esperança de que um dia encontrassem uma cura para o alcoolismo. Em 2000, ele ouviu falar de um remédio que poderia salvá-lo Dois anos depois, se fez de cobaia e curou o seu vício. Desde então Oliver é completamente indiferente ao álcool. Este é o emocionante relato de sua luta e de sua vitória.



Livrar-se do vício do álcool é um desafio para milhões de pessoas em todo o mundo. Para um homem em particular, o médico francês Oliver Ameisen, a busca para vencer essa dura batalha foi vencida com uma descoberta : a de que a doença pode ser combatida e tratada com um medicamento que já existe há mais de 40 anos no mercado: o Bacoflen, comercializado também como medicamento genérico. Sim, um remédio receitado como relaxante muscular pode ajudar as pessoas a deixarem de ser alcoólatras e voltar a beber socialmente, segundo o dr Ameisen. 
Sua própria experiência com o vício e sua luta para convencer médicos e dependentes a optar pelo medicamento fez o doutor Amesen tomar uma decisão difícil: a de escrever um livro e expor sua vivência.

Desde que foi lançado na França, o sucesso foi imediato e ganhou as páginas dos jornais e reportagens de televisão e rádio. Na França, o livro foi lançado com um título um pouco apelativo: "Le dernier Verre", "O último copo", em uma tradução livre. Nem mesmo o autor considera o título apropriado porque sugere uma ruptura definitiva com o álcool. Na verdade, o que ele defende é a cura da dependência: o remédio Bacoflen permite o uso controlado do álcool, tornando assim o consumidor um bebedor social como qualquer outro.


Como ele chegou a essa descoberta? 

O caminho foi longo e doloroso. Logo no começo do livro, o Dr. Ameisen descreve o momento em que ele decidiu enfrentar o vício pra valer. A cena, que aconteceu no ano 2000, ficou gravada na sua memória: ele estava em um táxi em Nova York com o sangue escorrendo na testa, sem sequer se lembrar do que havia acontecido: uma queda no meio-fio e um corte profundo que o levaram ao pronto-socorro. Mas como um cardiologista famoso na França e instalado há mais de 20 anos em Nova York como professor associado de medicina e cardiologia no New York Presbyterian Hospital, bem sucedido profissionalmente e financeiramente estava sendo derrotado pelo álcool? " Tinha cerca de 30 anos e era convidado a várias saídas com amigos. Não me sentia à vontade, era muito tímido e tinha dificuldade de fazer contato com as pessoas. Mas, assim que eu tomava um copo de uísque, aliás eu detestava o gosto, eu me liberava, fazia amizades... o álcool me ajudou muito", conta. "O problema foi que, aos poucos, eu não precisava mais de um copo para controlar meu mal estar. Precisava de dois, depois três, cinco. Pouco a pouco eu me tornei dependente. Quando eu tentei parar, percebi que não podia mais ... já não era mais socialmente ."


 


Escravo do vício

A saída do abismo começou com a leitura de um artigo onde um paraplégico viciado em cocaína relatou que sua vontade de consumir a droga desapareceu ao tomar Bacoflen, remédio receitado contra espasmos musculares. A partir daí, o Dr Ameisen começou a se interessar pelo tema e decidiu que ele mesmo iria testar um método de tratamento com o Bacoflen, um medicamento bem conhecido dos médicos. “ Ele existe há 40 anos e é usado em neurologia para problemas musculares benignos. E ele é usado para problemas de vício desde 1993. "O que eu descobri foi, partindo de uma experiência com animais, é que o Bacoflen, a uma dose forte, uma dose que os neurologistas utilizam de rotina, que não há nada de extraordinário, mas no animal, uma dose mais forte comprovou que acaba com a vontade de beber", diz.
Depois de muito consultar seus colegas médicos e se informar sobre os efeitos colaterais do uso do Bacoflen, no caso uma grande vontade de dormir, o Dr Ameisen começou a aumentar a dose até chegar a 270 miligramas. Com esta quantidade, ele percebeu que a vontade desaparecia completamente, evitando um problema recorrente em quem quer abandonar qualquer vício: a recaída após um período de abstinência. Mas como age o Bacoflen no organismo? “ Trata-se de uma molécula que é usada como medicamento contra espasmos musculares inofensivos e que tem uma particularidade: ela age sobre um receptor que chamamos GABA B. Nenhum outro medicamento existente age sobre esse receptor. É a particularidade desta molécula. Vimos que ela age sobre o animal e agora sobre o homem também. Todos os outros sedativos e tranquilizantes atuam sobre outros receptores", diz.



Desde que descobriu essa fórmula para superar seu vício, o Dr Ameisen
Segundo ele, aos poucos, hospitais e clínicas na Europa e Estados Unidos começam a tratar pacientes com o Bacoflen. Ele garante que conhece casos de mais de 350 pacientes que se livraram do vício com o medicamento. As taxas de sucesso desse tratamento chegam a 95%, segundo ele. Mas, superar a desconfiança da classe médica tem sido um problema. Como o Bacoflen só pode ser vendido com receita médica, o acesso ainda é difícil para muitos viciados. Embora se sinta livre, curado do álcool, o dr Ameisen lembra que se trata de uma doença que exige cuidados diários. Por isso ele tem sempre à mão uma dose diária de 30 miligramas de Bacoflen, quantidade 9 vezes menor do que no início de seu tratamento. "Para mim é uma doença biológica, como a hipertensão, o diabetes ou a asma e o tratamento é difícil e por toda a vida. Não é como uma bronquite que se pode curar em alguns dias. Esses tratamento é inofensivo, eu diria talvez menos grave do que um tratamento com o paracetamol ou as aspirina que pode ter efeitos mesmo com doses terapêuticas. Esse medicamento já tem mais de 40 anos, não há casos de dependência", finaliza. 



Meu depoimento

Tudo começou quando a irmã do meu sogro, tia Tina, médica, trouxe o livro de Natal, para presentear o sobrinho, adicto. Como ela não o encontrou durante sua passagem pelo Rio de Janeiro, pediu que meu sogro entregasse o livro, afim de ajudar o sobrinho a se livrar do vício de álcool e outras drogas pesadas. Meu sogro só conseguiu entregar o livro um bom tempo depois, por não ter havido oportunidade de fazê-lo, e durante esse tempo aproveitou para ler. Na ocasião ele comentou comigo sobre esse livro, mas na hora não me passou pela cabeça experimentar o Baclofeno, já que minha dependência era a nicotina e não o álcool. O que eu não sabia é que, de certa forma, eu estava entrando num processo de beber descontroladamente e com muita frequência. Talvez eu não seja considerada uma alcoólica, mas certamente fazia parte de um grupo de risco. Só depois de estar com meu corpo completamente equilibrado é que pude perceber, olhando para traz, que eu estava exagerando, e que isso poderia prejudicar e muito a minha saúde e o exemplo que preciso deixar para a minha filha, o meu maior legado.

O tempo passou, e ao voltar do hospital em que meu cunhado estava hospitalizado, já fragilizada pela questão "saúde", inclusive por ter perdido minha sogra há mais de 1 ano com câncer de cólon, vim no carro pensando na minha vida e lendo um folheto que havia recebido no hospital sobre o cigarro e sobre um grupo de apoio para quem quer parar de fumar. Fiquei horrorizada ao saber que pessoas que convivem com fumantes, fumam em média 10 cigarros por dia, e detalhe, sem filtro! Nossa! Quanto mal estava fazendo a minha família! Mas eu era muito ansiosa, dificilmente eu conseguiria parar sozinha. Eu sou uma pessoa forte, mas certamente não queria sofrer para parar de fumar, nem queria perder a moral se tentasse e não tivesse sucesso. O que fazer mediante a isso? E me lembrei de uma medicação que meu padrinho Dr. Wanderley (médico) tomou para parar de fumar. Chama-se Champix. E resolvi correr atrás dessa medicação, mas teria que me consultar com algum médico para pedir a receita. Pela Internet só vende essa medicação com receita. Foi aí que meu sogro insistiu que eu tentasse com o Baclofen, que é muito mais barato. Ele me garantiu que seria a melhor opção e eu acreditei. Comprei três caixas e comecei a tomar.

Primeiro Dia - Domingo - 13/06
No primeiro dia tomei 30mg e já senti um relaxamento magnífico. Dormi naquele dia como jamais havia dormido. E não digo pela quantidade de horas, que foram uma 7h ao todo, mas pela qualidade do sono. Foi como flutuar nas nuvens, é inexplicável a sensação. Simplesmente Divino!

Segundo Dia - Segunda-feira - 14/06
No segundo dia tomei 60mg (3 tomadas de 20mg) e ainda sentia vontade de fumar, mas fumei muito menos. Antes eu fumava em média 30 cigarros e já no segundo dia de medicação consegui reduzir pra 5 ou 6 cigarros. Nossa! Era fabuloso isso! Mas mesmo assim não era o suficiente. Essa medicação é completamente segura em altas dosagens e a dosagem ideal para cada pessoa, só a própria poderá saber.

Terceiro Dia - Terça-feira - 15/06
No terceiro dia tomei 90mg (3 tomadas de 30mg) e senti um sono profundo. Eu já sabia que fazia parte dos efeitos colaterais temporários e continuei insistindo, pois no terceiro dia fumei apenas 3 cigarros, e isso era promissor, mas ainda sentia uma fissura ao dizer não ao cigarro. Na verdade o remédio não faz milagres. O remédio não vai ganhar dinheiro pra nós e nem mudar nossa vida. É necessário olharmos para nós mesmos, na essência, e mudarmos nossas atitudes. É necessário pesarmos tudo de bom e de ruim que fazemos, é imprescindível que tenhamos a humildade de reconhecermos nossos defeitos e tentemos fazer algo para mudar, aí sim entra o remédio, como um co-adjuvante no equilíbrio da nossa ansiedade, ou melhor, na "cura" da dependência química.

Quarto Dia - Quarta-feira 16/06
Aumentei mais uma vez a dose. Dessa vez passei para 120mg (4 tomadas de 30mg). Essa foi a dose ideal para mim. Já nesse dia não fumei mais. Foi mágico! O mais difícil talvez seja se livrar do hábito. É inevitável, mas eu lembro sempre, até hoje (1 mês). Após o almoço, após o café... e por aí vai. Mas houve esforço da minha parte também. Evitei sair pra lugares com bebida e ficar em ambientes com pessoas que fumam, é importante isso. Evitei beber café nos primeiros dias e passei a tomar chá verde com limão, da Racco, por sinal uma delícia!


Efeitos positivos da medicação:

1) Parar de fumar: melhora geral na qualidade de vida;
2) Controle da ansiedade: Sinto-me mais calma, mais feliz. No trabalho isso me ajudou a trabalhar com mais tranquilidade e nas relações pessoais a me sentir mais tolerante aos problemas diários. A depressão pode estar disfarçada em nossa vida e é preciso identificá-la e tratá-la.
3) Relaxamento muscular: na academia, a musculatura mais relaxada me ajudou na volta à malhação, sem sentir dores musculares nos primeiros dias; 
4) Sono: Consigo dormir cedo e acordar cedo. Antes eu dormia muito e acordava cansada e não conseguia voltar pra academia por não conseguir acordar cedo.
5) Sexo: melhora significativa no sexo, pelo relaxamento muscular; 
6) Circulação: melhora na minha circulação, pois sentia muitas cãibras. Talvez esse sintoma tenha desaparecido pela ausência do cigarro, mas é importante colocar tudo; 
7) Pele: Senti minha pele mais lisa e sem espinhas. 
8) Sinusite: Pude perceber também que minha sinusite desapareceu. Fiquei gripada esses dias e não tive sinusite, o que representa um milagre! É claro que o cigarro piora muito o estado da sinusite e a ausência dele pode contribuir também.
9) Comida: consigo comer sem compulsão, e essa era uma das minhas preocupação em parar de fumar, o medo de engordar. Mas isso não aconteceu, ainda bem!
10) Bebida: hoje vejo que antes eu fazia parte de um grupo de risco, pois estava bebendo com muita frequência. Hoje bebo, mas muito pouco. Me sinto satisfeita com um copo apenas e não sinto vontade de beber mais e mais para sentir aquele estado de euforia e/ou relaxamento, porque a medicação já me relaxa.
11) Compras: acredito que eu era um pouco compulsiva por comprar, mas sinto que estou mais controlada atualmente.


Efeitos negativos da medicação (efeitos colaterais temporários):

1) Constipação (7 dias)
2) Sonolência aguda (2 dias)
3) Sonolência leve (10 dias)
4) Dor de cabeça (2 dias)
5) Falta total de fome (1 dia)
6) Enjoo (nenhum)
7) Tonteira ao tentar fumar (2º e 3º dia)

Todos os efeitos descritos acima sumiram por completo. Atualmente não sinto nada.
Pretendo reduzir a dosagem gradativamente após desintoxicação total da nicotina.

 
CERTAMENTE ESSA É UMA DESCOBERTA CIENTÍFICA FABULOSA, QUE MERECE ATENÇÃO TOTAL DA COMUNIDADE MÉDICA E DA MÍDIA! 

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Fonte: centiec